Fonte: Globoesporte.com
Teoricamente, Marcos é o verdadeiro capitão da equipe palmeirense, pois carrega a braçadeira consigo durante as partidas. Mas a liderança na equipe alviverde, ao contrário da liderança do Campeonato Brasileiro que o clube não quer dividir com nenhum concorrente, é repartida quando o time está em campo. Só no sistema defensivo, são quatro os atletas que já foram capitães nas suas antigas equipes – Danilo (Atlético-PR), Maurício Ramos (Coritiba), Edmílson (Palmeiras, durante a Libertadores-09) e Marcão (Atlético-PR). No meio-campo, Cleiton Xavier já foi o responsável por representar a equipe do Figueirense.
– O importante é falarmos bastante. Nos últimos jogos, tenho notado que o time está muito afoito, querendo decidir rapidamente o lance. Isso acontece mesmo quando estamos com vantagem. Por isso, temos de conversar cada vez mais para saber a hora certa de valorizar a posse de bola. E nós, os mais experientes, temos papel importante nisso – comentou Edmílson, que já atuou por clubes europeus como Barcelona e Lyon.
Além desses, outros jogadores que não ostentaram braçadeiras têm espírito de liderança em campo. Um dos atletas dos mais prestigiados pelos torcedores, Pierre sofre no departamento médico por não poder ajudar a equipe – ele se recupera de uma lesão no tornozelo e dificilmente voltará a jogar neste Brasileiro.
Outro que fala bastante quando está em campo é o meia Diego Souza. No último domingo, contra o Santos, o camisa 7 afirmou ao GLOBOESPORTE.COM que evitou exercer essa função com a arbitragem, pois já havia sido expulso em duas oportunidades pelo juiz Sálvio Spíndola Fagundes.
– Conversei com o Marcos e o Edmílson e falei para eles falarem mais com o juiz. Achei melhor assim – disse.
Com braçadeira ou não, os lideres e os coadjuvantes do Palmeiras caminham rumo ao título Brasileiro, conquista que o clube não vê há 15 anos. Na noite desta quinta-feira, eles se colocam à disposição, cada um da sua maneira, para manter o time na ponta do Nacional – atualmente tem 53 pontos, quatro a mais que o São Paulo. E Muricy Ramalho, o líder maior da equipe, celebra essa distribuição de responsabilidades em campo.
– Nós percebemos em todos esses líderes. Tem o Marcos, que comanda bem, mas existem outros em campo que se juntam na dificuldade em campo e fora dele também. Eu percebo que eles conversam muito entre si e isso é importante. O jogador não tem de ficar calado em campo. Precisa às vezes posicionar o outro, dar uma força. O Danilo, o Edmílson e eu nos juntamos no intervalo e mudamos o jogo contra o Santos. Os líderes têm uma leitura do futebol. Não adianta só ser líder para pedir aumento e bicho.